Firme e denso. Grandioso mundo um.
Ergueu-se das águas e vagas vastas as apartei.
Poder meu. Cessam sem cair.
Liquefeitos torrentes em, mas ventos
implacáveis os dominei. Sou eu e eu era!
Vazio no equilíbrio estendido.
Natureza do seio vasto e nu. Nada o era. Onde.
Fim sem negro, agreste, vazio imenso um.
Consumido, o fogo contra o primeiro lutou.
Chamas perpétuas, em viver porquê?
Desejo vosso, será morrer porquê?
Mudança isenta de alguma solidez.
Liberta, dor de, alegria numa busca.
Porvir dos dias reservados.
Soturna reflexão embrenhada e encoberto
sacrossanto refúgio meu, na morada eterna
sombria solidão, minha da/na fundura.
Montanhas de cumes, porque ressoam?
Estrondos como articuladas palavras.
A trovejar, confusão escorrendo, que iam.
Águas e treva, nuvens de plenos já.
Gelados desertos em reunião.
Eternidade, número grande, que soa pela trombeta.
Espaço imenso no ente solitário do nome.
Produced by A kills B and Appleton Square
Vinyl in silkscreen print cover / edition of 20 + 10 A/P
SIDE A 18’ 27”
Piano / Filipe Raposo
Double bass / Yuri Daniel
Drums / Carlos Miguel
Sound effects / João Ferro Martins
SIDE B 8’ 39”
Vocals / Hugo Canoilas
Sound effects / João Ferro Martins
General Information
Sound / Joaquim Monte
Namouche Studio, Lisbon
Design / Pedro Falcão
Silkscreen printing / Nuno Bettencourt
Atelier Arte e Expressão, Caldas da Rainha
Curator / Maria do Mar Fazenda
For the first track, a jam session with several musicians was conducted from a ‘graphic score’ – as if it was an undulating landscape, something between the aerial and the desert. The classically structured music of the jazz musicians underwent two breaks or deconstructions.
The second track consists of a poem by William Blake re-wrighten in a backwards process. The poem becomes more concrete in this attempt to break with language and to make it autonomous. It then reaches the body like the sound of a drum.